Não, você não leu errado! Uma das principais razões dadas pelos vegetarianos para defender seu estilo de vida, a sustentabilidade da dieta vegetariana pode ser pior que a de uma dieta carnívora.

Um novo estudo, publicado pela Carnegie Mellon University, dos Estados Unidos, contradiz de forma frontal o que uma maioria acredita ser senso comum.

Segundo o estudo, “seguir as recomendações do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o equivalente ao Ministério da Agricultura brasileiro) em relação ao consumo de mais frutas, vegetais, laticínios e frutos do mar, é mais nocivo ao meio-ambiente porque estes alimentos têm um uso mais alto de recursos naturais e emissão de gases do efeito estufa por caloria”. O professor Paul Fischbeck, co-autor deste estudo, alerta sobre o uso de recursos naturais necessário para a produção de vários vegetais. “Beterrabas, aipos e pepinos são destacadamente piores, quando comparados com suínos ou frango”, disse.

Quem diria que os verdinhos aí também podem prejudicar o meio ambiente?

Qual a alternativa para o consumidor, então? O estudo conclui que a melhor forma de reduzir o uso de recursos naturais na composição de uma dieta, embora por míseros 9%, é simplesmente reduzindo o número de calorias ingeridas e controlar a obesidade.

Co-autora do estudo, Michelle Tom, estudante de Ph.D, disse “O que é bom para nós, em termos de saúde, não é sempre melhor para o meio ambiente. É importante que os gestores públicos tomem conhecimento destas relações, quando desenvolverem recomendações alimentares no futuro”.

Recentemente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) causou burburinho quando relacionou a carne vermelha e a carne processada como agentes cancerígenos, mas, como foi destacado na imprensa posteriormente, o risco é incrivelmente pequeno.

Fonte: Eater.