Uma iniciativa do vereador Roberto Trípoli (PV) promete causar polêmica nas escolas municipais da capital paulista. O político quer que a rede municipal adote a dieta vegetariana obrigatória um dia por semana.
Não foi votado qualquer projeto de lei para instituir a iniciativa. A partir de uma emenda ao orçamento municipal, Trípoli destinou R$ 500 mil ao projeto e iniciou discussões diretamente com o Departamento de Merenda Escolar da Secretaria de Educação, no sentido da implantação da proposta. Segundo o vereador, o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, garantiu que a proposta será implantada. Na próxima semana haverá já uma reunião para discussão dos detalhes.
A Secretaria Municipal de Educação informou em nota que “o Departamento de Merenda Escolar está “preparando os testes, definindo as datas de sua aplicação e escolhendo as escolas-piloto. O próximo passo é o de implantar o programa em toda a rede municipal, desde que os testes se mostrem satisfatórios”. A nota prossegue informando que o objetivo dos testes é fazer com que os alunos “gostem do sabor dos alimentos substituídos”.
Não há qualquer previsão de consulta aos pais destes alunos sobre a novidade. Seus filhos serão submetidos a esta “experiência” mesmo seus responsáveis sejam contrários e mesmo que, comprovadamente, o ferro encontrado na carne não esteja, em qualidade e quantidade, disponível em qualquer outro grupo alimentar. A insuficiência de ferro prejudica, comprovadamente, a aprendizagem e o crescimento de crianças em idade escolar. A maioria das dietas vegetarianas adota a suplementação de minerais e vitaminas em cápsulas, de forma a suprir as deficiências causadas pela ausência de carne.
Medidas como esta mostram que a maioria – que adota uma dieta completa – está sendo sitiada por uma minoria barulhenta, que acredita saber o que é melhor para a humanidade. Políticos militantes estão utilizando estratégias que permitem a adoção obrigatória de suas bandeiras, inclusive por aqueles que discordam delas. Por que a iniciativa do vereador Trípoli não foi objeto de projeto de lei, com direito a debate e votação em plenário da Câmara Municipal de São Paulo? Por que os pais dos alunos não foram chamados a debater a idéia?
Peço desculpa mas não posso deixar de registrar a minha ingnigação conta este "Hugo Chaves Brasileiro" . Sr. Vereador as pessoas têm o direito de escolher o que querem comer ou não. Portanto seria melhor se´preocupar coma educação do Municipio
Carne todo dia não é imposição?Só por que tem outra opção agora vão ficar ai falando besteira..ah para de conservadorismo!O mundo todo tentando melhorar e um povo ai querendo primitivismo.Estão proibindo a carne? NÃO!Então parem de dar piti sem motivo.
Estão sim, Ana Luiza. Proibindo por um dia. E carne todo dia não é imposição. Está lá, come quem quer. Primitivismo é querer impor um ponto de vista à força aos outros.
E quem não quiser comer carne e não tiver outra opção, fica sem comer? Bela visão essa a sua.
Há arroz, feijão, salada e carne. O aluno não quer carne? Coma arroz, feijão e salada, da mesma forma que faria se não houvesse carne. Não ter carne é que é uma visão estreita, que tem como objetivo impor a opinião de poucos nos demais.
Que ridículo!
Isso demonstra o quanto você entende de dieta vegetariana. Quem não come carne, come sim proteína. A soja é um exemplo.
Quem diz que não é possível manter uma dieta vegetariana e manter níveis saudáveis de ferro e mentiroso e manipuador. Só se for na base do arroz, feijão e salada.
Carnívoro escroto!
Leia novamente o texto. Os nutrientes e minerais existentes na carne não estão disponíveis em nenhum outro alimento. Para deixar de comer carne, é necessária uma substituição complexa, somente feita adequadamente sob a orientação de profissionais especializados. Daí a deficiência nutricional encontrada em boa parte das dietas vegetarianas. Mas este não é o ponto. Dieta vegetariana faz quem quiser, cada um decide por si. Imposição por meio de lei é ditadura de poucos radicais sobre uma maioria que não concorda e não quer mudar seus hábitos alimentares pois não vê qualquer razão pra isso.
E vc, Adriano, n]ão está impondo também seu ponto de vista???
Não, Marieta, ninguém aqui está impondo nada. Tem carne e o aluno não quer comer por qualquer razão? Basta não aceitar a carne e comer o restante da merenda.
Fui vegetariano por um ano e nesse período permaneci no veganismo por alguns meses. Mesmo tendo feito acompanhamento com médicos e nutricionista, emagreci exageradamente, meus níveis de testosterona despencaram, fiquei fraco e sentia um cansaço desgraçado, além de ser obrigado a consumir suplementos polivitamínicos e tomar uma injeção de B12 mensalmente. Há pouco menos de um ano adotei a Dieta Primal/Paleolítica e há meses não consumo mais suplementos alimentares, fiquei mais forte e nunca mais tive resfriados, os quais eram constantes na época vegan. Pratico Artes Marciais e meu desempenho melhorou consideravelmente. Infelizmente o que observei no vegetarianismo foram informações tendenciosas, ataques aos “malditos e cruéis comedores de carne” e um sonho de uma ditadura vegan. Certas atitudes até lembram comportamentos comunistas rs. Os animais são seres sencientes e sofrem ? Não há dúvida, mas graças ao consumo de carne e oleaginosas chegamos até aqui. O consumo excessivo de grãos não é saudável.
Meu desempenho sexual melhorou e sou eternamente grato aos vegetarianos, pois eles me mostraram o que uma suposta ideologia benéfica pode fazer com o corpo e com o convício social, pois é difícil conviver com os “especistas” que só querem saber de churrascos. Chamar alguém de “carnívoro escroto” não ajuda ninguém a estudar o vegetarianismo, pelo contrário, só reforça o estereótipo popular de militante vegan chato. Eu experimentei os dois lados e, sinceramente, vegetarianismo nunca mais. Ideias deturpadas e uma luta infundada contra a “cruel indústria da carne e do leite” só alimentam fantasias e desperdício de tempo. Certa vez um amigo me disse: “Se um militante vegan não explode fábricas de nuggets, então ele não faz nada além de resmungar”.
Ps: Fui membro da Sociedade Vegetariana Brasileira, pregava o veganismo, distribuia blusas e adesivos com meu “ativismo” e morria de dó dos animaizinhos. Resultado: perdi bons churrascos.